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Mensagem por O Narrador Sex Jan 12, 2018 4:07 pm


PLOT INICIAL;
2018 | DINAS EMRYS | MITOLÓGICO


Aconteceu muito antes do alvorecer da humanidade, quando humanos se resumiam em poeira estelar, esperando mãos divinas reuni-los e moldá-los nos corpos que hoje possuem. A primeira batalha foi travada entre os deuses mais antigos, os panteões de linhagem datada muito antes de Cristo. Eles eram a frente de batalha contra o mal encarnado na forma dos Titãs, seus próprios progenitores. Pai contra filho, eles lutaram pelo futuro do mundo que, naquele momento, era nada mais do que uma ideia longínqua. Muitos caíram e nem ao menos receberam o reconhecimento necessário, mas muitos mais tomaram seus lugares e foram capazes de terminar as tarefas inacabadas de seus antepassados.

Após derrotarem e selarem os pais no Submundo, os deuses criaram a humanidade e se mesclaram com sua obra, embebendo-se do poder que a fé dos humanos lhes trazia. Guiaram vários povos rumo à evolução, sussurraram sobre grandes descobertas em seus ouvidos durante o sono, visitaram seus sonos para falar sobre as invenções que necessitariam para galgar a escada do sucesso. Sem as deidades, as civilizações grandiosas da Terra não teriam atingido um terço de seu poder. Porém, quanto mais próximos da criação, mais maleáveis à vontade dos mortais se tornavam. Muito mais do que um ou dois deuses tiveram de se adequar aos mitos tecidos pelas mentes dos homens, influenciados a segui-los pelo laço que os uniam, sufocando-os. Como é sabido, uma forma rápida de conseguir a raiva de qualquer ser é esta: retirando-lhe o livre arbítrio.

Sem saída, por mais que amassem a criação e suas peculiaridades, os deuses se retiraram ao Mundo Superior, livrando-se da influência das criativas mentes humanas, mas ao mesmo tempo abandonando os mortais à própria sorte. Seria melhor assim, afinal: nenhum humano poderia alterar o destino de um deus e nenhum deus poderia alterar o destino de um humano… Bem, apenas vez ou outra. Contudo, aproveitando-se da distância entre a humanidade e suas divindades, os Titãs conseguiram se reunir e iniciar o planejamento de um plano de vingança contra seus filhos. Simples e bem feito, mandaram pequenas partes dos próprios corpos para a superfície. A escuridão de suas essências aderia a qualquer coisa que tocasse, acabando por criar máquinas perfeitas para a disseminação da destruição e do ódio acumulados durante milênios.

Neste verdadeiro campo de batalha divino, nasceram os semideuses, prole de mortais e deidades. Considerando que divindades não possuíam mais nenhuma maneira de interferir no destino alheio, necessitavam de soldados para uma nova estratégia militar contra os Titãs, que já possuíam seus peões prontos. As monstruosas crias dos Titãs, nascidos das próprias essências dos mesmos, possuíam inúmeros nomes: vampiros, ciclopes, múmias, onis, ogros, zumbis e toda e qualquer sorte de bizarrice que a escuridão pudesse tocar e corromper. Sua única semelhança era a seguinte: necessitavam ser todos destruídos, antes que acabassem destruindo tudo.

A guerra nunca foi declarada de maneira formal. Não havia campos de batalha definidos: toda e qualquer rua poderia ser um local de risco, tréguas ou possibilidades de acordo eram inexistentes. Sem regras ou pessoas que pudessem ceder socorro, semideuses morriam nos úteros de suas progenitoras junto das mesmas, enquanto os mesmos bastardos divinos faziam o sangue ácido dos monstros jorrar aos montes nas ruas. Era uma vida difícil, que muitos não conseguiam resistir e acabavam abandonando — mas isso não garantia que ficariam em segurança, longe da loucura. Afinal, o que lhes impedia de contar para alguém sobre o que haviam sido um dia? Eles eram exterminados por sua própria raça, desejando manter a guerra divina em segredo. Isso apenas piorou.

A primeira tentativa de construir um local seguro para abrigar semideuses foi ridícula, falhando antes mesmo de sair do papel. Porém, os espirítos das proles divinas eram imbatíveis. Sob os destroços da ideia de seus companheiros, descendentes dos deuses voltaram a se juntar e iniciaram, de forma mais organizada, o projeto de uma nova cidade. O território foi cercado e protegido por um par de deuses, aprovando que suas progênies pudessem ter um quartel general onde se reunir, mas ainda hoje se encontra em construção, com cada vez mais habitantes chegando todos os dias.

O novo investimento divino recebeu o nome de Dinas Emrys. Com terras infinitas por meio do uso da magia, é um pedaço de terra flutuante não registrado pelos mapas dos mortais que não possuem real vontade de chegar ali. A fim de incrementar sua segurança, a magia dos semideuses permite que o local mude de região pelo menos quatro vezes ao ano, ninguém nunca sabendo exatamente onde podem parar da próxima vez. Além disso, para os semideuses que desejam vestir sua missão de vida como armadura e segui-la sem hesitar, é um local muito mais fácil de obter missões e tarefas divinas, que rendem dinheiro e crédito com os figurões do Mundo Superior (fora as histórias e cenários incríveis, caso você consiga sobreviver). E aos que desejam aposentadoria, é fácil encontrar uma boa moradia (ou montar a sua própria casa!) para passar o resto de sua vida em segurança e, quem sabe, ter uma família normal… Ou o mais próximo de normal que se consiga, com um cão infernal no lugar de um vira-lata e uma bonita estátua de Vênus falante em meio ao jardim.




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